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10 de março de 2016

BURUNDI: Ministério Público do Burundi nega existência de valas comuns

O procurador geral burundês desmentiu esta quinta-feira, em Bujumbura, após três meses de inquérito, a existência de valas comuns ligadas ao confrontos de 11 de Dezembro no Burundi, contrariamente às alegações das organizações de defesa dos Direitos Humanos.
Bujumbura - O procurador geral burundês desmentiu esta quinta-feira, em Bujumbura, após três meses de inquérito, a existência de valas comuns ligadas ao confrontos de 11 de Dezembro no Burundi, contrariamente às alegações das organizações de defesa dos Direitos Humanos, noticiou a AFP.
"Após inquérito, nenhuma vala comum foi descoberta nos locais citados nos relatórios de certas ONG", declarou Valentim Bagorikunda, baseando-se nas "conclusões" duma comissão de inquérito que tinha sido criada a 17 de Dezembro.
A mesma, tinha sido criada para examinar as "alegações" transmitidas pela ONU à Amnistia Internacional sobre as execuções extra-judiciárias e a existência de valas comuns.
Apoiando-se de fotos satélites, a organização de defesa dos Direitos Humanos tinha feito menção de pelo menos seis valas nos arredores de Bujumbura.
Segundo a Amnistia, essas valas comuns continham os corpos das pessoas mortas na repressão que assolou os bairros contestatários de Bujumbura, um dia após um ataque dos rebeldes contra três campos militares em 11 de Dezembro.
Em contrapartida, o procurador burundês afirmou que uma vala comum na qual "os "insurgentes enterraram os que eles mataram durante a "insureição" tinha sido descoberta a 29 de Fevereiro em Mutakura, um bairro contestatário do nordeste de Bujumbura.
Por seu turno, o prefeito da capital, Freddy Mbonimpa, tinha anunciado no mesmo dia a descoberta dessa vala comum, ao afirmar que três corpos tinham sido encontrados e que as mesmas poderiam conter pelo menos 30 corpos, segundo "um dos assassinos detidos".
O Burundi está mergulhado há dez meses numa crise política profunda, provocada pela vontade do presidente Pierre Nkurunziza de se manter no poder por um terceiro mandato, que conseguiu em Julho.

Em consequência disso, a violência, mormente armada, já causou mais de 400 mortos e obrigou mais de 240 mil pessoas a deixar o país.
Africa21 Digital

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